terça-feira, 6 de novembro de 2012

Influencia da Igreja

Durante a Idade Média (século V ao XV) a Igreja Católica conquistou e manteve grande poder. Possuía muitos terrenos (poder econômico), influenciava nas decisões políticas dos reinos (poder político), interferia na elaboração das leis (poder jurídico) e estabelecia padrões de comportamento moral para a sociedade (poder social). 

Como religião única e oficial, a Igreja Católica não permitia opiniões e posições contrárias aos seus dogmas (verdades incontestáveis). Aqueles que desrespeitavam ou questionavam as decisões da Igreja eram perseguidos e punidos. Na Idade Média, a Igreja Católica criou o Tribunal do Santo Ofício (Inquisição) no século XIII, para combater os hereges (contrários à religião católica). A Inquisição prendeu, torturou e mandou para a fogueira milhares de pessoas que não seguiam às ordens da Igreja. 

Por outro lado, alguns integrantes da Igreja Católica foram extremamente importantes para a preservação da cultura. Os monges copistas dedicaram-se à copiar e guardar os conhecimentos das civilizações antigas, principalmente, dos sábios gregos. Graças aos monges, esta cultura se preservou, sendo retomada na época do Renascimento Cultural.

Enquanto parte do alto clero (bispos, arcebispos e cardeais) preocupava-se com as questões políticas e econômicas, muitos integrantes da Igreja Católica colocavam em prática os fundamentos do cristianismo. Os monges franciscanos, por exemplo, deixaram de lado a vida material para dedicarem-se aos pobres. 

A cultura na Idade Média foi muito influenciada pela religião católica. As pinturas, esculturas e livros eram marcados pela temática religiosa. Os vitrais das igrejas traziam cenas bíblicas, pois era uma forma didática e visual de transmitir o evangelho para uma população quase toda formada por analfabetos. Neste contexto, o papa São Gregório (papa entre os anos de 590 e 604) criou o canto gregoriano. Era uma outra forma de transmitir as informações e conhecimentos religiosos através de um instrumento simples e interessante: a música. 

Literatura

Durante a Idade Média, a produção literária esteve claramente vinculada aos processos de ordem política e social da época. Em meio às invasões bárbaras, ocorreu um processo de ruralização da sociedade que dificultou a produção literária entre os séculos V e X. De fato, a grande parte da população medieval não tinha acesso aos livros e nem sequer dominava a escrita de algum idioma.

Um exemplo dessa situação pode ser visto nos próprios destinos tomados pelo processo de cristianização da Europa. Por não saberem ler, muitos dos convertidos tinham acesso às narrativas bíblicas e hagiográficas por meio de imagens que buscavam estruturar uma narrativa. Dessa forma, podemos ver que a adoração a imagens ganha espaço mediante as dificuldades impostas pela falta de obras e instituições que pudessem facilitar o acesso à literatura.

Na Alta Idade Média, podemos assinalar que o Império de Carlos Magno (800 - 887) foi um dos momentos singulares em que as atividades culturais e intelectuais, incluindo aí a literatura, tiveram relativo prestígio. Várias escolas tiveram a função de ensinar e preservar o legado deixado pela civilização greco-romana. No mais, os mosteiros foram os mais importantes e significativos centros de preservação e produção intelectual de escritos influenciados pela Antiguidade.

Saindo dos limites da Europa Feudal, não podemos nos esquecer da rica produção literária organizada pelos povos convertidos ao islamismo. “O Livro dos reis e Rubayat”, de Omar Khayan, e “As mil e uma noites” se destacam como grandes exemplos da literatura árabe. Ao mesmo tempo, podemos também indicar o grande trabalho de tradução que Averróis e Córdoba fizeram da filosofia grega para a língua árabe. 

Atingindo a Baixa Idade Média, podemos ver uma transformação muito interessante na literatura europeia. As línguas nacionais (também conhecidas como línguas vulgares) começaram a quebrar o monopólio que o latim exercia na maioria dos documentos escritos. A poesia épica, marcada pela temática militar, descrevia a coragem dos nobres cavaleiros. “Poema do Cid”, “Canção dos Nibelungos” e “Canção de Rolando” são alguns dos mais importantes exemplos dessa vertente literária.

No século XII, o trovadorismo inaugurou uma nova fase da poesia medieval em que o ambiente de cavalaria passou a dividir espaço com a figura da mulher. O trato refinado, os galanteios e o amor entraram em cena. Nesse mesmo contexto, o desenvolvimento das cidades abriu espaço para que o fabliaux surgisse como um tipo de literatura satírica para que as autoridades, senhores feudais e clérigos fossem criticados pela letra de seus vários autores.

Décadas mais tarde, vemos que o aparecimento das universidades também contribuiu para que vários estudantes concebessem paródias bem humoradas sobre os textos oficiais. Também conhecidos como “poetas goliardos”, esse escritores anônimos abusavam da irreverência para criticar os valores de sua época. “Carmina Burana” é uma das obras que melhor representa a ação crítica desempenhada por esses escritores do baixo medievo.

Alcançando o final da Idade Média, já podemos observar que os valores mundanos começaram a se contrapor à predominância dos valores religiosos. A preocupação dos intelectuais e artistas em pensar na condição humana trilhava os primeiros passos da Renascença. Entre outros exemplos, “A Divina Comédia”, do poeta italiano Dante Alighieri, e “O Romance da Rosa”, de João Menung e Guilherme de Lorris, identificam essa mudança de ênfase e tema.

A culinária na Idade Média


De uma maneira geral, a alimentação medieva era pobre, se comparada com os padrões modernos.
A quantidade supria, quantas vezes, a qualidade. A técnica culinária achava-se ainda numa fase rudimentar e as conquistas da cozinha romana tinham-se perdido.

Daí que a demanda das Terras a Oriente, tenha vindo enriquecer todo um padrão alimentar que, até então, era deficitário.

Na culinária foram incorporados:

o trigo-sarraceno, o açúcar, o anis, os cominhos, a pimenta, a canela, o gengibre, a noz-moscada, o açafrão, a cebolinha e a ameixa.

Os novos ingredientes possibilitaram o desenvolvimento da salsicharia e das técnicas de preparação de e com vinagre, mostarda e a obtenção de todo o tipo de molhos especiais.
Os conventos incentivavam o uso de frutas e legumes, e criaram e/ou elaboraram todo o tipo de receitas originais, trazidas ou "remodeladas".

Daí que a doçaria portuguesa seja de origem conventual, tendo em conta que o açucar era tido, primeiro como um medicamento, e de seguida por ser trazido em 'pequenas quantidades', era reservado.

Musica


Durante toda a Idade Média, a música profana fez parte da corte medieval. Servia para dançar, para animar o jantar, para se ouvir. Era indispensáveis em cerimônias civis, militares, feriados e outras ocasiões festivas com danças folclóricas, e também para animar             

os Cruzados quando partiam para a Terra Santa ou de júbilo, quando regressavam das suas campanhas.Os jograis pertenciam à outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam, tocavam, dançavam, faziam acrobacias e exibiam as habilidades de animais domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões, entretinham a nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como vagabundos e viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por trazerem as novidades e as notícias de outras terras.
A dança de roda é seguramente o tipo coreográfico mais difundido na Europa e em todo o mundo. A sua simplicidade contribuiu decerto para isso: os dançadores formam uma roda, intercalando os do sexo masculino com os do feminino. Na fórmula mais difundida, dão as mãos uns aos outros, virados para o centro do círculo, evoluindo a roda no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. De vez em quando, nas ocasiões em que a música o sugere, param e batem palmas, para de seguida retomarem o movimento circular.
Além da simplicidade, autores há que atribuem a sua divulgação ao valor mágico do círculo e da evolução em círculo. Seja como for, a roda é a mais primitiva forma de dança coletiva. O seu tipo medieval mais conhecido é a carole, que era seguramente cantada pelos dançadores, primeiro por um solista, a que respondiam depois todos os outros.
            No século XIV aparece entre os nobres, o Momo, um gênero de dança que serviu como base do futuro ballet-teatro. Era uma espécie de Carolas onde os participantes dançavam mascarados e disfarçados.Os jograis pertenciam à outra classe de músicos. Eles recitavam, cantavam, tocavam, dançavam, faziam acrobacias e exibiam as habilidades de animais domesticados. Iam de terra em terra e, com as suas diversões, entretinham a nobreza e os ajuntamentos de pessoas nas praças públicas. Eram vistos como vagabundos e viviam à margem da sociedade, mas eram muito populares por trazerem as novidades e as notícias de outras terras.

Arte Medieval


Durante a idade medieval (séculos V-XIV) a arte se caracterizou pela integração da pintura, escultura e arquitetura. Nesse período, a igreja católica exerceu forte controle sobre a produção científica e cultural concretizando uma ligação entre a produção artística com o cristianismo. Isto proporcionou a predominância dos temas religiosos nas artes plásticas, na literatura, na música, na arquitetura e no teatro. O imaginário dessa época esteve sempre voltado para o teocentrismo (Deus como centro de tudo).
As artes que mais se destacaram na Idade Média foram as artes plásticas: arquitetura, pintura e escultura. Suas principais realizações foram as igrejas, podendo-se distinguir, nelas, dois estilos básicos: o românico e gótico.

ESTILO ROMÂNICO
Este estilo prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII).

Arquitetura
A construção da época foi fundamentalmente religiosa, pois somente a Igreja cristã e as ordens religiosas possuíam fundos suficientes ou pelo menos a organização eficiente para arrecadá-los e financiar o erguimento de capelas, de igrejas e de mosteiros.
Este estilo prevaleceu na Europa no período da Alta Idade Média (entre os séculos XI e XIII).

As características mais significativas da arquitetura românica são:
-      Abóbadas em substituição ao telhado das basílicas;
-      Pilares maciços que sustentavam as paredes espessas;
-      Aberturas raras e estreitas usadas como janelas;
-      Torres, que aparecem no cruzamento das naves ou na fachada; e
-      Arcos que são formados por 180 graus.


ESTILO GÓTICO

vitral -Saint-Chapelle de Paris
 O estilo gótico predominou na Europa no período da Baixa Idade Média (final do século XIII ao XV) e floresceu nos mais diversos países europeus, em inúmeras catedrais, que até hoje causam admiração pela beleza, elegância, delicadeza e engenharia perfeita. As construções (igrejas, mosteiros, castelos e catedrais) seguiram, no geral, algumas características em comum. O formato horizontal foi substituído pelo vertical, opção que fazia com que a construção estivesse mais próxima do céu. Os detalhes e elementos decorativos também foram muitos usados. As paredes passaram a ser mais finas e de aspecto leve. As janelas apareciam em grande quantidade. As torres eram em formato de pirâmides. Os arcos de volta-quebrada e ogivas foram também recursos arquitetônicos utilizados.

Características gerais do estilo gótico:

-      Verticalismo.
-      Arco quebrado ou ogival.
-      Abóbada de arcos cruzados.
-      O vitral.
          Alguns exemplos da arquitetura gótica encontram-se na França nas
catedrais de Notre-Dame de Reims, Notre-Dame de Paris, de Chartres,
Saint-Chapelle de Paris, na Inglaterra nas catedrais de Norwich, Lincoln e
Westminsterem Londres. São exemplos significativos também os palácios
da Justiça e do Louvre em Paris e o palácio dos Papas, de Avinhão na
França
         Na It.ália, os edifícios em estilo gótico são de autoria de artistas que
anunciavam o Renascimento. Como a Igreja de São Francisco de Assis, a
catedral de Santa Maria Del Fiore e o Palazzo Vechi, em Florença e os
palácios comunais de Bolonha, Pistóia e Perúsia

Vida Familiar

A família ocidental, na forma como nós a conhecemos, é, por assim dizer, uma “invenção” medieval. É claro que a família sempre existiu, mas ela aparece de formas muito diferentes de acordo com cada sociedade. Na antiga sociedade romana, uma sociedade marcada pelo individualismo, o homem é que contava; ele era o chefe da família, o proprietário de sua mulher e filhos, como se estes fossem um bem que lhe pertencia pessoalmente, e sobre os quais ele tinha poderes mais ou menos ilimitados. Sua mulher e seus filhos lhe eram inteiramente submissos e guardavam um estado de eterna menoridade. Enquanto estivesse vivo, até mesmo seus netos e bisnetos lhe deviam obediência direta, mais que a seus próprios pais.

O vestuário da Idade Média


Poucas pessoas se podiam dar ao luxo de se vestirem com elegância, e durante a maior parte do séc. XVI os homens e as mulheres que o faziam copiavam os modelos usados na corte de Espanha. No entanto, nos finais do século, o centro da moda deslocou-se para Paris, donde eram enviadas pequenas bonecas, vestidas segundo a última moda, a quem desejava segui-la e, de acordo com o grupo social onde se inseriam, assim era o seu vestuário.

 Vestimenta Feminina                                                    Vestimenta Masculina